Ricardo Ferreira (Intermolde)

"A mudança deve traduzir-se em benefício e eficiência para a empresa"

A criação de valor é, nesta temática, aquilo que considero que deve ser destacado. É preciso haver mudança, mas que esta se traduza num benefício efetivo e eficiência interna para a empresa. Devemos ser mais eficientes e baixar os fatores de produção, mas também olhar para este desígnio da sustentabilidade e tentar retirar valor, fazer com que seja uma oportunidade. Não devemos ver este aspeto apenas internamente, no produto e na eficiência interna, mas na criação de valor para o cliente. Não nos podemos o nosso produto (o molde) é uma ferramenta e está integrada num processo muito mais vasto, a cadeia de valor global. Ou seja, um molde, quer seja para vidro, quer seja para plástico, está incorporado num produto mais abrangente, como seja o automóvel ou a embalagem.

Penso que a questão da sustentabilidade poderá trazer vantagens, uma vez que incide em tudo o que possa acrescentar valor ao produto, designadamente na utilização final da peça, na redução de peso ou na funcionalidade, entre outros aspetos. Devemos, por isso, tentar que estas temáticas ajudem na captura de valor e isso tenha impacto no produto e, consequentemente, no seu preço. Não podemos tomar como um ponto de partida que o preço está fixado pelo mercado. Devemos, sim, aproveitar estas abordagens da sustentabilidade, no sentido de inverter esta tendência: se queremos moldes mais sustentáveis que vão criar produtos mais sustentáveis, estes devem ser reconhecidos pelo mercado e devem ser mais bem pagos.

A criação deste roteiro vai ser benéfica para incrementar estas reflexões e discussões e valorizar novas abordagens.  

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